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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PÓLVORA E POESIA

Sim! Meu domingo ao som de “Balada de Gisberta” instigava-me... Levando a um velho hábito já quase esquecido e sempre providencial: sair desvairadamente em cima da hora ao teatro para ver alguma peça que me despertara o interesse num lampejo qualquer. Lá.... seja algum canto de arte deste mundo, consigo consternar minhas aflições, se não por expressá-las, contento-me em assistir algo intenso, assim cheguei a Pólvora e Poesia, novo espetáculo de Fernando Guerreiro, texto de Alcides Nogueira, no palco Talis Castro e Caio Rodrigo. Lotando a casa, quase não entro, fui 108° expectador lá na Barroquinha, em Paris, em Bruxelas.... Espaço simples, porém rústico e elegante, Casa de Deus, ventre de axé.

Incomodado infelizmente pelo mastigar de uma pipoca do Glauber Rocha, de alguém que acha que cinema e teatro é a mesma coisa...Um absurdo! Mas lá assisti a contradição do novo, jovem que encanta o velho e corrompe os pudores do conservadorismo com sua loucura e liberdade inventada e reinventada. Contraditório, denso e inflamante com interpretações vigorosas.

Sai de lá conhecendo um pouco mais sobre dois poetas que até então só via os nomes nas prateleiras das livrarias que ando a fuçar: Arthur Rimbaud e Paul Verlaine. Em cena, um ótimo programa para estômagos quentes. De lá continuei com Gisberta a me guiar até o próximo canto de arte.

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